Após a fase aguda da doenças, nem sempre temos o fim dos sintomas e efeitos do nocivo vírus. Para alguns, os danos ainda persistem por muito tempo.
A ciência se desdobra agora na busca por respostas sobre os efeitos do coronavírus em quem já teve a doença. Diferentes trabalhos científicos estão mostrando as complicações que a Covid-19 pode causar em múltiplos órgãos e que o cuidado não acaba depois da fase aguda da doença.
Um artigo de revisão publicado na Nature sobre a prevalência da síndrome pós-Covid — quando há persistência dos sintomas ou o desenvolvimento de sequelas por três ou quatro semanas após o início dos sintomas mais graves — mostrou que o tratamento não é concluído na alta hospitalar, e exige uma cooperação interdisciplinar e exaustiva fora do hospital.
Sintomas como fadiga, falta de ar, dores de cabeça e musculares, queda de cabelo, perda de paladar e olfato, dor no peito, problemas renais, tontura, tromboses, palpitações, depressão, ansiedade e dificuldades de raciocínio e memória, que podem durar indefinidamente a depender de como cada indivíduo responde à infecção, são listados no artigo e parecem persistir durante meses.
Nesse contexto, os serviços de saúde públicos e privados têm como desafio criar soluções para acompanhar esses pacientes com segurança e o engajamento necessário para que eles não “desembarquem” dessa navegação de cuidado. Na Dasa, maior rede de saúde integrada do Brasil, usamos da multidisciplinaridade de profissionais e de ferramentas tecnológicas para fazer esse acompanhamento, especialmente fora do ambiente hospitalar.
Por meio de inovações como a ciência de dados e a inteligência artificial, conseguimos monitorar continuamente e gerar alertas para pacientes e cuidadores, engajando-os no cuidado integral e coordenado, de acordo com a necessidade de cada um. Na Covid-19, mantivemos 98,5% dos pacientes em monitoramento digital em casa, e contribuímos para evitar a superlotação de leitos com a melhor assistência.
Enquanto construímos ciência, a gestão de saúde personalizada e o acompanhamento constante são as alternativas para o correto manejo dos sintomas e o controle dos efeitos colaterais da doença É a melhor expressão da assistência que oferece o recurso certo, na hora certa para o paciente certo.
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